sábado, 1 de outubro de 2011

SERTANEJO



Há tempos não chove
O pasto secou
Animais passam fome
A água acabou

A comida é pouca
O leite não tem
O choro da criança
É a fome que vem

Pegou fogo no mato
Ninguém apagou
O casebre de tábua
Logo queimou

Sem cama pra dormir
Sem teto pra morar
Melhor ficar de joelhos
E começar a rezar

Vou embora dessa terra
Não agüento mais sofrer
Na cidade grande
Alguém vai me acolher

Estou desiludido
Ninguém quer me ajudar
De volta pra minha terra
Com minha família voltar

É hora de recomeçar
A chuva há de chegar
Com bravura e muita Fé
Deus há de abençoar


Essa é a pérola do dia.
Pense nisso!
Twitter @alcirchiari

6 comentários:

  1. Gente sofrida, gente de Fé....brasileiros como nós. Que bela poesia...o sofrimento, a desgraça, a fome, a tentativa de nova vida na cidade grande, o insucesso e o retorno para terra natal. Perfeito

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  2. Bravo!
    Bela poesia.
    Se as pessoas que administram essa terra fossem inteligentes não deixariam esses homens jamais abandonarem suas origens.

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  3. "A esperança é a última que morre."

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  4. Pai, adoro essas poesias, principalmente quando remetem ao homem do campo. Parabéns!!!

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  5. Povo sofrido, trabalhador da terra tira o sustento para a vida.
    Nem sempre o clima colabora , mas a fé nunca acaba.
    Gostei muito da Poesia conseguiu expressar a reaidade.
    Parabens

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  6. Pessoal para postar comentarios é necessarios clicar em visualizar antes , o blogger esta com problema, que será resolvido em breve.

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