segunda-feira, 31 de outubro de 2011

PINGOS NOS IS



A onipotência é um atributo exclusivo ao poder supremo e absoluto de Deus em fazer tudo que lhe dá prazer.
Constantemente vemos seres humanos, pobres mortais, se acharem possuidores de tal poder; seja pelo status conquistado ou herdado, condição financeira, posição hierárquica e principalmente pelo cargo político.
Historicamente, os imperadores romanos tinham essa sensação, eram aclamados e adorados como autoridades máximas e soberanas, e definiam o destino de seus povos a bel-prazer.
Recentemente vimos a revolta dos povos do Oriente Médio e norte da África contra mais de quarenta anos de autoritarismo em diversos países, que provocaram em seus ditadores essa mesma sensação.
Muitos foram retirados do poder à força, e a marca registrada dessa revolta ficou gravada nas imagens que rodaram o mundo com a morte simbólica da onipotência no corpo ensangüentado, e exposto para a população ver, de Muamar Kadafi.
Não seria anormal dizer que “pode passar” pela mente de alguns líderes mundiais ou celebridades nacionais e internacionais a sensação de onipotência; Hugo Chávez, Lula, Dilma...
Entretanto, patologias indesejáveis fazem o doce prazer do poder absoluto ficar com gosto amargo de remédio.
A possível onipotência é imediatamente demitida do cargo e substituída pela humildade, disciplina, coragem para enfrentar a dura realidade e muita Fé.
Muita Fé em Deus!
Vamos colocar os pingos nos seus devidos is – diz o ditado!
Somente Deus é onipotente, onisciente e onipresente!

Essa é a pérola do dia.
Pense nisso!
Twitter @alcirchiari

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

São Longuinho, São Longuinho...



A casinha de duas águas e quatro cômodos, chão batido, sem água encanada e energia elétrica precária, abrigava o jovem casal. Pequena em tamanho, mas gigante em felicidades, harmonia e amor.
Recém casados e iniciando a vida conjugal naquele sitiozinho de propriedade da prefeitura, apelidado de Primeira Água. Apelido dado pela presença da represa de captação de água, que abastecia o município. Ele, funcionário da prefeitura, forte e corajoso, morava ali com a esposa e tinha a função de cuidar da limpeza ao redor da represa, dos canais e canos de captação, bem como do funcionamento da bomba d'água.
Ela, do lar, linda como o céu estrelado daquele lugar, cuidava dos afazeres da casa - limpando,cozinhando, lavando roupas, plantando algumas verduras nos canteiros e tratando dos pequenos animais. A casinha que durante o dia é banhada pelo sol nascente oferece ao entardecer a sombra tranqüila para observar a diversidade de pássaros que cantam, brincam e se acomodam nos ninhos disputando espaço com macacos e outras espécies no belo e acolhedor arvoredo de plantas nativas. As galinhas ciscando e fugindo do galo atrevido, o cheiro de boa comida denunciado pela fumaça da chaminé, o grasnar da família de gansos que margeiam a represa e o belo reflexo do sol se ocultando no horizonte em sua superfície.  Um cenário harmonioso e deslumbrante, um lugar feliz para viver.
Diariamente ela retirava água do poço próximo à casa para uso doméstico, e num desses dias, um fato inusitado rompeu a calmaria; a aliança de casamento colocada a pouco mais de uma semana escorregou de seu fino dedo anular e caiu dentro do poço:
·         Amor, amor, corre aqui, deixei cair a aliança no poço – disse ela em prantos.
Ele a consolou; e ambos ficaram tristes com o fato, não pela perda material, e sim pela simbologia do amor matrimonial.
No domingo após a missa, ela contou o fato a uma beata, Dona Pierina. Mulher respeitada por todos na região, benzedeira e parteira com Fé incontestável.
Peça a São Longuinho que ele ajude a encontrar sua aliança, é um santo muito forte. Foi ele o soldado responsável por comprovar a morte de Jesus na cruz. Com uma lança foi obrigado a perfurar-lhe o corpo, e o líquido que saiu respingou nos seus olhos, curando-o instantaneamente de uma doença ocular muito grave. A partir desse momento ele se converteu imediatamente, abandonou o exército romano e transformou-se num monge.” - disse Pierina.
Atualmente, na tradição popular, quando ele é invocado ajuda a encontrar ou recuperar o objeto perdido.
Disse ainda - com muita Fé, peça assim:
·         São Longuinho, São Longuinho se me ajudar a recuperar a aliança dou três pulinhos.
Passaram o dia no vilarejo, lancharam, tomaram sorvete e somente ao entardecer é que voltaram para sua casa, mentalizaram noite adentro a orientação da beata. Ao amanhecer foram juntos retirar a água do poço para o uso doméstico. De mãos dadas e com muita Fé pediram:
·         São Longuinho, São Longuinho se me ajudar a recuperar a aliança dou três pulinhos.
Lançaram o balde de alumínio no fundo do poço e foram puxando pela corda lentamente, os raios de sol refletiam na água cristalina do balde, e quando chegou à superfície houve uma grande surpresa.
O brilho dourado no fundo do balde refletindo intensamente os raios solares era inacreditavelmente originário da aliança.
Emudeceram!
Na seqüência uma explosão de alegria contagiante. Aos gritos saltitavam em agradecimento a São Longuinho.
Não deram apenas três pulinhos, mas uma dezena deles.
Essa é a pérola do dia.
Pense nisso!
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terça-feira, 25 de outubro de 2011

NOVO NINHO



Estou totalmente só
Sem um ombro pra chorar
Meu sorriso já se foi
Tentam amenizar

O carinho reconforta
Ninguém consegue imaginar
Meu coração esta apertado
Decisão preciso tomar

Esta terra me incomoda
Lembranças em todo lugar
Preciso de novos ares
Malas prontas pra viajar

Vou seguir estrada afora
Encontrar um novo caminho
Não sei o que vem pela frente
Quem sabe um novo ninho

Essa é a pérola do dia.
Pense nisso!
Twitter @alcirchiari

sábado, 22 de outubro de 2011

ADULADOR



Vulgo puxa-saco, não é um rótulo desejado, é pejorativo!
Uma infinidade de sinônimos caracteriza esse personagem: bajulador, baba-ovo, capacho, chaleira, cheira-cheira, chupa-caldo, corta-jaca, lambedor, etc.
Popularmente o puxa-saco é este personagem acima citado e obviamente queremos distância desse perfil, e de associarem a nossa imagem a este rótulo, certo?
Só que o puxa-saco, normalmente consegue uma façanha que nós muitas vezes não conseguimos: - a aproximação do superior, do chefe!
Participa de reuniões com o chefe, viaja junto, é ouvido por ele, é conselheiro, pratica esporte, faz caminhada junto, happy hour e até sai para jantar com sua família e a dele.
“Que raiva desse puxa-saco” – é o que dizemos!
Analisando por outro ângulo, se o cara consegue quebrar aquela velha distância existente entre chefe e subordinado, conquista sua confiança, torna-se amigo, conselheiro, parceiro e elimina as barreiras existentes nessa relação; bobo o cara não é!
Bobo somos nós que escondemos atrás do nosso preconceito e da nossa incapacidade, para não dizer incompetência, de fazer o que ele faz.
E para minimizarmos esta “pequena” dor de cotovelo apelamos por rotulá-lo e difamá-lo.
Talvez você não se considere um desses, mas pode estar sendo rotulado também pela sua proximidade com o chefe, mesmo que circunstancialmente, será que não?
Existe puxa-saco com categoria e puxa-saco escancarado, isso é fato, mas será que não estamos rotulando o personagem e esquecendo-se da habilidade dele?
Se ele consegue cair na graça do chefe é porque teve a competência de fazer a leitura dos desejos e carências do chefe e habilidade de enxergar o que não enxergamos.
Será que de fato repudiamos esse perfil ou morremos de inveja das conquistas do bajulador, do adulador, do baba-ovo, do lambedor, do sei lá o que?
“Que raiva desse cara, eu odeio puxa-saco, não me incomodo com ele, não tenho inveja dele, não estou nem aí, sou feliz assim” – assim dizemos!
Será?

Essa é a pérola do dia.
Pense nisso!
Twitter @alcirchiari

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

INTIMIDADE



Sei que em nossa relação estou sempre me impondo e querendo que prevaleça os meus desejos, mas não me parece que isso faça diferença, você sempre aceitou essa submissão.
Isso não é um motivo relevante para esse desaparecimento.
Não é possível que esteja com outro; por onde olho não consigo te encontrar, espero que apenas esteja brincando de se esconder.
O último acontecimento foi um fato isolado, um ato sem pensar, totalmente involuntário, mas você quis se impor quis dominar a relação e eu não suporto isso.
Realmente fiquei irritado quando não atendeu aos meus desejos, talvez você tenha me deixado mal acostumado.
As marcas ficaram pelo seu corpo, e depois fiquei arrependido e tive que me dedicar intensamente, fazendo curativos para que você recuperasse a boa aparência.
Sempre te tratei com carinho, é verdade que às vezes me irrito, mas normalmente nossa relação é de respeito e amizade.
Luz apagada, cama confortável e lençóis macios, esse é o ambiente ideal para nós, é onde nossa relação torna-se mais calorosa, mais próxima e mais íntima.
Por falar em intimidade, é tanta, que não preciso nem te olhar para saber em que parte do seu corpo estou tocando.
Quanto mais te aperto sinto que aumenta sua reciprocidade, atende perfeitamente aos meus desejos.
Porque escondes de mim?
Será que está em outras mãos?
Não acredito que numa relação tão longa como a nossa, tanto tempo juntos, você agora esteja fazendo a alegria de outro.
Seria insuportável, e não sei qual seria a minha reação, aliás, não quero nem pensar.
Oh, felizmente te encontrei, já não suportava mais essa agonia.
Porque não pensei antes que você pudesse estar debaixo do travesseiro: - controle remoto.

Essa é a pérola do dia.
Pense nisso!
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terça-feira, 18 de outubro de 2011

MÃOS DE DEUS



Não tenho medo do futuro
Nem do que os outros vão dizer
Tomei minha decisão
Não vou me arrepender

O tempo passa depressa
Preciso deixar um legado
Fazendo algumas poesias
Deixando para trás o passado

Vou explorar o futuro
Desvendar o desconhecido
Entrar no mundo das letras
Não me darei por vencido

É melhor andar depressa
As mãos de Deus vão puxar
Com você não será diferente
Sua hora também vai chegar

Quem define é o Senhor
A morte é a melhor invenção
Tira o velho da frente
Promove a renovação

Meu livro está publicado
É difícil acreditar
Eis aí o legado
Que eu queria deixar

Não foi assim que aprendi
Agora tudo mudou
Se eu posso você também pode
É porque nunca tentou

Essa é a pérola do dia.
Pense nisso!
Twitter @alcirchiari

sábado, 15 de outubro de 2011

GENTE BOA


Involuntariamente acabei participando de uma conversa entre dois amigos, e o assunto era referente ao arrombamento do veículo de um deles.
“Por força do hábito e por achar que nunca poderia acontecer comigo, deixei o carro parado em frente uma repartição pública para entregar rapidamente um documento, nada mais que cinco minutos” – disse.
Quando voltei percebi que a porta havia sido arrombada.
E o alarme não disparou? – perguntou o outro.
Provavelmente esqueci de acioná-lo, não me lembro, ou os caras conseguiram desarmá-lo, porque não disparou!
Foi tudo muito rápido, não imaginei que nesse curto espaço de tempo alguém pudesse arrombar a porta e levar todos os meus pertences.
E o prejuízo foi grande?
Blusa, tênis, raquete, CDs, notebook, dois celulares; um particular e outro da empresa foram levados, um prejuízo enorme – afirmou o sinistrado.
E continuou...
O que mais me chamou a atenção foi o fato do ladrão, ou ladrões, efetuarem a tarefa com tanta maestria e tranqüilidade que ainda fizeram a “gentileza” de retirar e deixar sobre o banco do carro os chips, levando os aparelhos.
Inacreditável, os caras são “gente boa”- disse o outro.
Estamos acostumados com tantas barbáries, que isso tudo parece normal – pensei.
Ora, se os caras que arrombam seu carro e levam seus bens são “gente boa” só pelo fato de deixar para trás os chips dos celulares, então quem é “gente ruim”?
Essa é a pérola do dia.
Pense nisso!
Twitter @alcirchiari

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

LANÇAMENTO DO LIVRO


Agradeço a todos que acompanham o Blog PÉROLAS preciosas www.alcirchiari.blogspot.com desde o início, tanto os seguidores como os visitantes, identificados ou anônimos.
O resultado desse apoio será materializado amanhã (13/10) através do lançamento do livro, no Piano's Bar, da AREL, às 20h.
Estão todos convidados.
"DEUS CAPACITA QUEM NELE ACREDITA"

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

RAPADURA



Do campo sai o produto
No esforço do bóia-fria
É preciso processar logo
Pra atender a freguesia

O facão decepa a cana
O caldo sai na moagem
Engrossa na fervura
E seca após a moldagem

O doce é bem nutritivo
A tradição é do brasileiro
Produto de exportação
Se espalha pro mundo inteiro

É duro como uma pedra
Irresistível é o seu sabor
Lembra a doçura do mel
E a pureza do amor

Assim vou levando a vida
Trabalhando em função da prole
Comparo com a rapadura
É doce, mas não é mole

Essa é a pérola do dia.
Pense nisso!
Twitter @alcirchiari