domingo, 28 de outubro de 2012



RAMALHETE DE FLORES

Assim como nos sábados anteriores, o grupo de rapazes se reuniu no final da tarde no bar para celebrar a amizade e comentar o resultado do jogo de futebol.
O papo, como sempre, descontraído e regado a muita cerveja. Naquele dia, foi interrompido momentaneamente, e a atenção ficou toda voltada para uma senhora que caminhava sorridente com um ramalhete de flores. Linda, bem vestida, cabelos brancos, curtos e brilhantes davam-lhe aparência de uma mulher com aproximadamente setenta anos de idade, bem vividos. A beleza do ramalhete de flores ficou ofuscada pelo seu sorriso encantador.
Ao aproximar-se dos rapazes fez questão de cumprimentá-los desejando-lhes uma “boa tarde”.
Foi correspondida imediatamente, elogiada e questionada se havia ganho aquelas flores. Respondeu de prontidão:
- Eu não ganhei essas flores, vou surpreender minha professora de espanhol, presenteando-a, afinal, ela merece.
Um espanto momentâneo se apossou dos rapazes, afinal, uma senhora setuagenária estudando outro idioma; o que faria com tal aprendizado?
Preconceito por parte deles em pensar assim?
Talvez, mas realmente é muito surpreendente uma pessoa com essa idade esbanjar tamanha motivação para aprender.
Infelizmente a maioria dos idosos nessa idade já se acomodou, deixando a impressão que estão apenas fazendo a contagem regressiva.
Ela, diferentemente, foi ainda mais enfática:
- Eu não sou fraca não. – Complementando o raciocínio de estar estudando espanhol.
Em meio a muitos elogios e aplausos por parte dos rapazes, despediu-se assoprando um beijinho carinhoso.
Realmente encantadora!
Os rapazes ficaram impressionados com aquela vitalidade, e o assunto na mesa passou a ser a lição de vida deixada por ela:
- Dialogo simples e educado, alegria contagiante, disposição e vontade de aprender, bom humor, simpatia, motivação para viver e habilidade na arte de surpreender e demonstrar sua gratidão.

Essa é a pérola do dia
Pense nisso!
Facebook @alcir chiari

sábado, 20 de outubro de 2012



DIMINUINDO A DISTÂNCIA


A fiel clientela do bar do Canhoto se reúne diariamente para tomar chopp, aperitivar, comentar os resultados e a próxima rodada do futebol brasileiro.
O garçom é amigo de todos; camarada, muito atencioso e comunicativo, esta sempre disposto a prestar o melhor atendimento.
Ultimamente anda intrigado com um novo cliente que começou a freqüentar o bar.
Desabafando com o patrão, comentou que toda sexta-feira o novo cliente, um rapaz bem vestido e de sorriso fácil, ocupa a mesma mesa e pede três tulipas de chopp.
- Ora, não há problema algum em pedir três tulipas de chopp. – disse o patrão.
- Sim, concordo, mas todas de uma só vez, e ainda pra beber sozinho? – respondeu o garçom.
A curiosidade estava estampada no seu rosto, queria desvendar esse mistério.
Finalmente chegou, a tão esperada, sexta-feira, e surge o sorridente rapaz.
Ocupou a  mesma mesa e repetiu o ritual.
O garçom, não resistiu e após servir as três tulipas perguntou gentilmente ao cliente:
- Desculpe a indiscrição, mas tenho observado que o senhor pede as três tulipas e acaba bebendo sozinho, não seria mais conveniente pedir uma de cada vez?
Educado e ainda mais sorridente, o rapaz explicou:
- Entendo sua curiosidade, parece coisa de maluco, mas na verdade estou diminuindo a distância e matando a saudade.
O garçom estampou uma expressão de “não entendi nada”.
O rapaz continuou a explicação:
- Tenho dois irmãos que moram em outras cidades bem distantes daqui, somos muito unidos, sempre nos reuníamos às sextas-feiras para aperitivarmos e tomarmos chopp. O destino quis que nos separássemos em função das nossas profissões e, a forma que encontramos de diminuirmos a distância e continuarmos unidos foi manter esse hábito.
Assim como eu, nesse exato momento meus irmãos estão fazendo a mesma coisa na cidade em que moram, pedem três chopp e tomam um para cada irmão.
O garçom ficou encantado com a história.
Ficou amigo do cliente e o aguardava ansioso toda sexta-feira para atendê-lo e saber um pouco mais sobre essa relação familiar tão bonita.
Esse ritual se repetiu por muitas e muitas vezes.
Num belo dia o rapaz ocupou a mesma mesa, mas pediu apenas dois chopp.
O garçom ficou assustado, pois imaginou o pior. Não conhecia pessoalmente os rapazes, mas pelo entusiasmo com que as histórias que os envolviam eram contadas semanalmente pelo irmão, já os adotara como amigos também.
Sentiu um aperto no coração.
Apesar da liberdade e confiança que adquirira com o rapaz, não sabia como abordá-lo, afinal, falar de morte é sempre muito constrangedor.
Serviu as duas tulipas de chopp, e se retirou. Andou de um lado para o outro, e foi atender outras mesas. Não resistiu a curiosidade, se encheu de coragem, voltou e perguntou:
- Meu amigo desculpe incomodar, mas estou preocupado com você e com o bem estar dos seus irmãos, o que aconteceu?
- Qual deles morreu?
O rapaz soltou uma gargalhada, agradeceu pela preocupação do  garçom e explicou:
- Ninguém morreu meu amigo, meus irmãos estão muito bem graças a Deus, eu é que parei de beber.

Essa é a pérola do dia.
Pense nisso!
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sábado, 13 de outubro de 2012



BENÇÃO
  
Nasceste no lar que precisavas, 
Vestiste o corpo físico que merecias, 
Moras onde melhor Deus te proporcionou,  de acordo com teu adiantamento. Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas  lutas terrenas.

Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização. Teus parentes, amigos são as almas que atraístes,  com tua própria afinidade. Portanto, teu destino está constantemente  sob teu controle.

Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência. Teus pensamentos e vontades são a chave  de teus atos e atitudes... São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência.

Não reclames nem te faças de vítima.  Antes de tudo, analisa e observa.  A mudança está em tuas mãos. Reprograme tua meta, busque o bem e viverás melhor.

" Embora ninguém possa voltar atrás e  fazer um novo começo, qualquer um pode  começar agora e fazer um novo fim ".

Francisco Cândido Xavier