AUTOESTIMA

O mês custou a passar, mas até que enfim chegou o momento do nosso reencontro.

Nesse período acabei me descuidando da aparência, estou me sentindo feio, perdi um pouco da autoestima.

Estou ansioso, pois sei que somente você pode me devolvê-la.

Confesso que mesmo por um período tão longo, sempre fui fiel, e jamais pensei em trocá-la por outra.

Enquanto caminho ao seu encontro fico relembrando o quanto foi bom a última vez e, meu coração começa a palpitar.

Cheguei; agora vejo em seu sorriso o quanto você me quer bem, e ansiavas pela minha presença.

Infelizmente tenho que dividir sua atenção com outras pessoas, mas em pouco tempo ela será toda minha.

Agora sim, chegou a minha vez!

É prazeroso estar ao seu lado: - sua delicadeza, nossas conversas, a suavidade das suas mãos, o cheiro de perfume no ar, sorrisos, tudo isso de forma harmoniosa marcam esse momento.

O simples toque das suas mãos acariciando os meus cabelos reflete a minha felicidade no espelho e, no final dessa meia hora, fica um gostinho de quero mais e a certeza que no próximo mês iremos nos reencontrar.

Pronto, já recuperei a autoestima!

O corte de cabelos ficou ótimo!

Essa é a pérola do dia.

Pense nisso!

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PEDÁGIO PROPORCIONAL

O estado de São Paulo está adotando um projeto-piloto de cobrança de pedágio por quilômetro rodado.

Serão instalados pórticos (estruturas metálicas que lembram as traves de um gol) sobre as rodovias que a cada cinco ou dez quilômetros mapearão o trecho percorrido por cada veículo, que por sua vez terão dispositivos de identificação.

Dessa forma o usuário pagaria proporcionalmente pelo trecho que utilizou a rodovia e não o preço cheio como é hoje.

Essa é uma medida justa e que poderia ser adotada no Paraná.

Possivelmente haveria um aumento no número de usuários nas rodovias pedagiadas mantendo a viabilidade das concessionárias.

Quanto aos usuários, estariam pagando um preço justo pela utilização e evitando a busca de rodovias alternativas que não estão estruturadas com sinalização e pavimentação, tanto para o excesso de tráfego quanto para o pesado.

Precárias, mal sinalizadas e pavimentadas oferecem grande risco de acidentes fatais.

A tecnologia está a disposição, basta a boa vontade do governo e das concessionárias para se adequarem ao sistema tornando-o mais justo e mais seguro.

O fato de desestimular os motoristas a utilizarem essas rodovias alternativas pela cobrança justa e proporcional do pedágio é antes de tudo um ato de amor a vida.

Essa é a pérola do dia.

Pense nisso!

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RESSACA

Amanheceu...

Ao encontrar um amigo, percebo os reflexos do excesso de bebida alcoólica estampados em seu rosto.

·         Bom dia, pelo jeito a noitada foi longa e muito boa!

·         Nem me fale, parece que engoli uma caixa de papelão amarrada com barbante, estou com o estômago todo embrulhado.

Ri, mas imaginei como ele estava se sentindo.

Afinal, quem não exagerou na bebida alcoólica em alguma ocasião e depois vivenciou no dia seguinte o seu martírio.

Um mal-estar generalizado, dor de cabeça insuportável, enjôo, diarréia, olhos avermelhados e lacrimejantes com muita sensibilidade à luz, cansaço, fraqueza muscular e a boca ressecada com gosto de “cabo de guarda-chuva”.

Esses são os sintomas característicos, exceto o “cabo de guarda-chuva”, que é uma forma de expressar o mau hálito.

O álcool é metabolizado e distribuído pela corrente sanguínea para todas as células do corpo e quando chega ao cérebro é que se dá a sensação de embriaguez e relaxamento, é o momento da intoxicação.

É nesse momento de embriaguez e relaxamento que o indivíduo associa a alegria e o prazer e acaba se descuidando e exagerando nas doses, enquanto o fígado trabalha excessivamente para eliminar esses excessos, alterando todo o metabolismo do corpo.

As conseqüências já são bem conhecidas.

·         Nunca mais coloco uma gota de álcool na boca!

Essa foi a última frase que ele disse antes de nos despedirmos, e sei que essa certeza só vai durar até o próximo amanhecer.

Afinal, o mal-estar já terá passado!

Alguém acredita que será diferente?

Essa é a pérola do dia.

Pense nisso!

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NOVAMENTE O MENSALÃO

Infelizmente os personagens que fazem parte da cúpula política do país vão moldando o próprio perfil e passando para a população essa imagem desgastada que vemos atualmente.

O enredo é sempre o mesmo: corrupção, formação de quadrilha, desvio e lavagem de dinheiro, nepotismo, favorecimentos, utilização da máquina em benefício próprio, etc.

Óbvio que existem exceções, bons parlamentares, mas são raros!

O que nos deixa perplexos é a reincidência dos fatos, caracterizando que esse sistema político instalado no país não tem mais solução.

Essa classe sabe muito bem do desinteresse de grande parte da população brasileira em relação às questões políticas e acabam se aproveitando disso.

Abusam descaradamente!

Novamente volta à cena o esquema “mensalão”, fato ocorrido em 2005, que se caracterizava pela distribuição de dinheiro vivo aos parlamentares no intuito de benefícios próprios.

Atualmente a presidente Dilma foi informada, por órgãos de inteligência e fontes ligadas a ela, que há indícios de reimplantação do mensalão pelo Partido da República (PR), e que mais de trinta deputados desse partido e outros dez, de partidos menores, estariam na folha de pagamento.

Não da para nivelar a postura de todos os parlamentares desses partidos no esquema, mas a reincidência é abuso.

Esperamos que a Polícia Federal investigue essas suspeitas, e puna quem já é réu do STF no mensalão da era Lula e os demais que querem engrossar o caldo dessa sopa de cifrões a nossas custas.

Não se dão ao trabalho nem de inventar uma nova sistemática de favorecimentos, reimplantam o esquema que um dia já existiu, sem medo nem constrangimento.

Ou a sociedade se une para mudar o sistema político atual, ou estaremos fadados eternamente a esses dissabores.

Essa é a pérola do dia.

Pense nisso!

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OS TRÊS BARQUINHOS DE PAPEL

Protegidos e observando curiosamente da varanda da casa, pai e filho acompanhavam a forte enxurrada provocada pelas chuvas.

Pendurando-se sobre o parapeito o garoto observava os diversos tipos de objetos que desciam há toda velocidade.

Folhas, pequenos pedaços de galhos, pedrinhas, tampinhas de garrafa e embalagens plásticas venciam a correnteza e alguns obstáculos numa corrida onde o vencedor teria como prêmio o mergulho no bueiro do final da rua.

Atento a tudo, o garoto apontou para a descida de três barquinhos de papel, provavelmente construído pelo pai de algum outro garoto do início da rua.

Os três vinham cambaleando e acompanhando as pequenas ondas provocadas pelos desníveis das guias da calçada.

O barquinho de jornal, muito frágil pela absorção da água, encerrou sua curta viagem desmontando-se na proteção da árvore plantada em frente sua casa.

O de cartolina, muito pesado, mas ainda firme, acabou derrapando e parando quase no meio da rua e o de folha de caderno; muito leve, seguiu sua viagem superando os obstáculos para a grande vitória no final da rua.

O pai, sabiamente aproveitou a ocasião para fazer ao filho, uma analogia dos barquinhos com a vida:

·         Muitas pessoas são como o barco de jornal, frágeis, não resistem às adversidades provocadas pela vida e “desmontam” em prantos, sofrimentos e desânimos.

·         Outras, como o de cartolina, sentem o peso desses desafios e acabam mudando seus princípios e sua conduta escolhendo caminhos tortuosos que provocarão “derrapagens” muitas vezes irrecuperáveis.

·         A grande maioria é como o barquinho de folha de caderno, que encaram os desafios da vida com leveza e superam todos os obstáculos que aparecem pela frente.

Atento, o garoto pergunta:

·         Mas e o bueiro do final da rua?

Sorridente, o pai passa a mão sobre a cabeça do garoto e explica:

·         O bueiro representa o destino final de todos nós, a morte!

·         Mas a viagem ao longo da vida pode ser conduzida de forma mais equilibrada, saudável e feliz.

Essa é a pérola do dia.

Pense nisso!

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