RESSACA

Amanheceu...

Ao encontrar um amigo, percebo os reflexos do excesso de bebida alcoólica estampados em seu rosto.

·         Bom dia, pelo jeito a noitada foi longa e muito boa!

·         Nem me fale, parece que engoli uma caixa de papelão amarrada com barbante, estou com o estômago todo embrulhado.

Ri, mas imaginei como ele estava se sentindo.

Afinal, quem não exagerou na bebida alcoólica em alguma ocasião e depois vivenciou no dia seguinte o seu martírio.

Um mal-estar generalizado, dor de cabeça insuportável, enjôo, diarréia, olhos avermelhados e lacrimejantes com muita sensibilidade à luz, cansaço, fraqueza muscular e a boca ressecada com gosto de “cabo de guarda-chuva”.

Esses são os sintomas característicos, exceto o “cabo de guarda-chuva”, que é uma forma de expressar o mau hálito.

O álcool é metabolizado e distribuído pela corrente sanguínea para todas as células do corpo e quando chega ao cérebro é que se dá a sensação de embriaguez e relaxamento, é o momento da intoxicação.

É nesse momento de embriaguez e relaxamento que o indivíduo associa a alegria e o prazer e acaba se descuidando e exagerando nas doses, enquanto o fígado trabalha excessivamente para eliminar esses excessos, alterando todo o metabolismo do corpo.

As conseqüências já são bem conhecidas.

·         Nunca mais coloco uma gota de álcool na boca!

Essa foi a última frase que ele disse antes de nos despedirmos, e sei que essa certeza só vai durar até o próximo amanhecer.

Afinal, o mal-estar já terá passado!

Alguém acredita que será diferente?

Essa é a pérola do dia.

Pense nisso!

Twitter @alcirchiari