sábado, 2 de abril de 2011

ONDE ESTÁ O CHAPÉU?


O sol estava escaldante, daqueles de rachar mamona de tão quente e, o “Espanhol” no campo realizando seus trabalhos de pesquisa agronômica, conduzindo seus experimentos, coletando dados e informações sobre o comportamento das plantas.
Percebeu que precisava urgentemente de um chapéu para se proteger, e no outro dia assim o fez, adquiriu um de palha com aba larga.
Simples e barato, mas muito útil, para compor seu arsenal de ferramentas e utensílios necessários para condução de seus serviços.
Iniciando a semana, juntou todas as notas fiscais de despesas da semana anterior, como: - combustível, alimentação, gastos com mão de obra, alguns insumos utilizados na condução das parcelas experimentais e inclusive a do chapéu e, encaminhou juntamente como relatório de atividades à matriz da empresa para o reembolso das mesmas.
Dois dias depois recebeu o reembolso, exceto o do chapéu!
O Espanhol não entendeu, mas também não deu muita importância para isso, afinal poderia ser um erro de atenção do colaborador que executava essa função.
Passou a semana toda na sua tarefa diária e no início da semana seguinte fez a rotina de sempre, juntou as notas fiscais de despesas juntamente com o relatório e encaminhou para a matriz para o reembolso e obviamente incluiu a do chapéu.
Dois dias depois chegou o reembolso e novamente a nota do chapéu não foi contabilizada, mas dessa vez um bilhetinho à acompanhava:
- Não ressarcimos chapéu!
O Espanhol ficou irritado porque no mínimo aquele colaborador não imaginava o quanto o trabalho no campo era penoso e o chapéu fazia parte da sua indumentária, para proteção do sol.
Era uma questão de princípio e não propriamente do valor; afinal seu preço era insignificante em relação as despesas semanais.
Passou a semana toda trabalhando com afinco, mas perturbado com a falta de bom senso da empresa e do colaborador.
Iniciando novamente a semana, fez o de sempre, juntou as notas fiscais e novamente encaminhou a do chapéu com um bilhetinho:
- O chapéu faz parte do meu trabalho e do kit de proteção, por isso peço a gentileza do reembolso.
Dois dias depois chega o reembolso, exceto o do chapéu e, dessa vez o bilhete era bem mais agressivo:
- Não reembolsamos aquisições pessoais.
O Espanhol ficou vermelho igual um pimentão e soltou “fogo pelas ventas”, não se conformava com tanta falta de consideração.
Turrão e se remoendo por dentro, não iria perder essa “peleja” de jeito nenhum. Planejou o contra golpe; afinal não era pelo valor, mas pelo princípio!
Iniciou novamente a semana e fez o mesmo processo, encaminhou todas as notas fiscais exceto a do chapéu!
No seu lugar, mandou um bilhetinho:
- E agora, onde está o chapéu?
Dois dias depois recebeu o reembolso integral, só que dessa vez o acerto semanal foi um pouco maior, exatamente o valor do chapéu.

Essa é a pérola do dia
Pense nisso!
twitter@alcirchiari

7 comentários:

  1. Esse sol queima demais, Alcir! Meu pai mesmo sempre reclama! hehehe
    E sempre fala para todos aqui em casa se proteger do sol.

    Boa pérola! =)

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  2. E tem empresas que não pagam nem o instrumento de trabalho...esse Brasil...por isso também que não vai para frente!
    Pelo menos o espanhol aí, conseguiu o reembolso do chapéu!

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  3. Famosos departamentos, onde as pessoas se acham Rei , dono mundo.
    Dao valor ao grao de areia e esquecem de valorizar a beleza do mar.
    Famosa picuinha!!!
    Quanta incompetencia!!! Meu Deus

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  4. Esta foi de tirar o Chapéu..!! Embora no caso específico colocaria o Chapéu para tirá-lo novamente.... Pérolas são Pérolas.. até de baixo do Sol>>>>>>>>

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  5. fuzilaska@hotmail.com4 de abril de 2011 às 21:50

    ........."o sol nasce para todos!!!!!!! rsrrrsrsrrs...........

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  6. Nao consegui entender?
    Eles finalmente reembolsaram o chapeu?
    Como?
    Desculpas,

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  7. a nota foi reembolsada sim, mas não como "chapéu", provavelmente uma nota fria ou algumas notas superfaturadas que somadas igualavam o valor do chapeú.
    Em resumo, o Espanhol deu um chapéu no outro colaborador da empresa.

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