Enquanto os 50 “sem rosto”, como ficaram conhecidos no Japão e no mundo o grupo de técnicos que ficaram na usina nuclear de Fukushima após o Tsunami expostos a níveis elevadíssimos de radiação, lutavam para resfriar os reatores e evitar uma catástrofe ainda maior, o resto da população ordenadamente mantinha a calma.
Colocaram em prática os treinamentos de sobrevivência, não ficaram se lamentando, não saquearam estabelecimentos, formaram filas disciplinadas para aquisição de água e comida, compraram apenas o necessário, evitaram sensacionalismo da catástrofe, reconstruíram estradas em uma semana e o aeroporto de Sendai em menos de um mês.
E agora, milhares de “idosos”, acima de sessenta anos estão se cadastrando como voluntários através das redes sociais para trabalhar na usina nuclear de Fukushima, mesmo sabendo que acabarão contaminados devido à exposição aos elevados níveis de radiação.
Apesar de protegidos com equipamentos de segurança, a contaminação será inevitável e, as conseqüências serão inimagináveis.
São engenheiros, físicos, médicos, técnicos em diversas áreas de atuação que já se realizaram pessoal e profissionalmente e agora querem se solidarizar e contribuir com o seu país, evitando que outros jovens com toda uma vida pela frente venham a se contaminar nesse trabalho.
Partem do princípio que seus corpos somente sentirão os efeitos da radiação depois de dez anos e aí a missão a que vieram nessa vida já estará cumprida.
Esta será a última missão!
Um verdadeiro exemplo de doação e solidariedade com os “irmãos”, com o planeta e a vida na terra.
Essa é a pérola do dia.
Pense nisso!
Twitter @alcirchiari
Mais que uma missão, talvez a última, uma lição de vida e amor ao próximo!
ResponderExcluirEssas palavras não são minhas , mas acho que cabem perfeitamente nesta sua pérola do dia.
ResponderExcluirKokoro ou Shin significa coração-mente-essência: Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?
Outra palavra é gaman: aguentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las.
Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas.
O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei.
A vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.
Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.
Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.
Monja Coen
Ridemi.
ResponderExcluirConcordo contigo!!!
São palavras de uma pessoa (não me ocorre o nome no momento)que morou alguns anos no Japão e voltou ao Brasil.
Em ensinamentos de São Tomás de Aquino encontra-se o seguinte:
"Quando ocorre um grande cataclismo, com o sacrificio de milhares de vidas, a mãe natureza não está sendo má. O cataclismo é consequência de um processo de evolução e os que passarem por essa experiência dificilmente serão os mesmos. O universo é ação, construçao e destruição, num processo eterno de mudança e transformação."
Há, ainda, dito popular que expressa que aprendemos mais com o sofrimento que com a alegria.
Com certeza podemos afirmar que tudo o que o povo japonês fez foi aprender com seus sofrimentos passados, estudar e buscar conhecer a fundo sua geologia e seu povo, traçar metas e treinamentos, desenvolver tecnologias, etc.
Certeza, tambem, que só um povo com ensinamento, estudo e treinamento moral, ético e filosófico, arraigado, desde a mais tenra idade, pode dar ao mundo lições de humildade, respeito, poder de superação, paciência e compromisso com a coletividade.
Há pelo mundo vários exemplos de superação diante de catastrofe, mas nenhum como a do povo japonês!!!
Gandhi ja dizia que temos que ser a transformação para o mundo que queremos.
Com certeza esse povo talvez seja o mais unido, o mais preocupado com o próximo. Eles são verdadeiros exemplos do exercicio da cidadania e patriotismo. Duvido que isso aconteceria no Brasil!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirEssas palavras são da Monja Coen, que viveu doze anos no Japão. Essa solidariedade, essa preocupação com o futuro do país, esse doar-se ao próximo só acontece mesmo no Japão, eu nunca soube que algo assim tivesse acontecido em qualquer outro lugar do mundo. Como disse o anônimo, se aprende muito mais com o sofrimento. Talvez por ser um país pequeno e por tudo o que sofreu com a guerra, é que o povo japonês é assim.
ResponderExcluirCom certeza concordo com a HIdemi. Um povo sofrido e que soube usar isso para se fortalecer com dignidade.
ResponderExcluir- 26/04/1986 - Explosão de reator nuclear da central de Chernobyl, na antiga república soviética da Ucrânia - há uma ocilação entre +/- 100 a 200 mil vítimas;
ResponderExcluir- Em 2004 - tsunami na Indónesia.
Se não me falha a memoria esse é o sétimo acidente em magnitude no mundo.
Segundo pesquisa de seguradora alemã MUNICH Re., o ano de 2010 foi marcado por 950 catástrofes naturais, envolvendo desde tempestades e inundações até terremotos e registros de vulções.
- Terremotos no Haiti;
- Tremores no Chile e região central da china;
- Onda de calor na Russia;
- Inundações no Paquistão;
- Furações no Atlantico Norte - atingindo Estados Unidos e México;
Postado por: Renata Giraldi - reporter da agência Brasil - em 04/01/2011.
Liz e Ridemi, mais uma vez estou de acordo com vossos comentários!!!
Penso que, em "ser" solidário todos os povos são +/- iguais e, pecamos em outros quesitos, como já dissemos por causa educacional e ou cultural, etc...
Mas uma coisa chama a atenção, embora a pérola preciosa fale dos gestos de nobreza de um povo e talves não fosse o memento traçar comentários, mas me ocorre interessante ressaltar:
A perfeição ela não existe no mundo dos mortais!!!
Haviam noticiários que relatavam e mostravam imagens da "DESCONFIANÇA" do povo em relação a veracidade de dados fornecidos pelo governo, quando diante da gravidade do ocorrido tudo deveria ser muito claro.
Às vezes atitudes não muito nobres de poucos ofuscam toda a beleza e encanto de um povo!!
concordam??
Me corrijam se estiver errado... ok?
me corrijão se estiver errado.
ResponderExcluirdiante da magnitude da catástrofe, talvez algumas informações foram omitidas pelo próprio desconhecimento "do todo".Outras, como forma de criar um ambiente de motivação e perseverança à reconstrução e as perdas humanas. A claridade dos fatos nesse caso, seria confundida com sensacionalismo.
ResponderExcluirinfelizmente, as vezes é necessário algo de ruim para que se construa a união.
ResponderExcluir"vamos aprender"