sábado, 11 de setembro de 2010

É NO BALANÇO DA CARROÇA QUE A CARGA SE AJEITA

A globalização deixou o mercado extremamente competitivo, e a disputa pelos clientes tornou-se uma briga acirrada, e para vencer essa briga é preciso um diferencial.

Qual é esse diferencial?

Produtos de boa qualidade, atendimento personalizado e rápido, melhores preços, condições de pagamento a perder de vista e juros mais baixos?

Tudo isso e muito mais parece suficiente apenas para conquistar o cliente momentaneamente, mas a grande questão esta em fidelizá-lo!

Afinal de contas, todas as empresas estão dando de si o melhor, portanto hora o cliente é seu, e hora é do outro.

Então a pergunta é:

- o que fideliza o cliente?

Sem dúvida alguma, o que fideliza o cliente é o relacionamento com o colaborador.

Na verdade o cliente passa a ter um envolvimento pessoal e familiar com o colaborador, torna-se amigo, com churrascos no final de semana, boteco após o futebol, shows, teatro, pescaria, academia, cabeleireiro, viagens e tudo mais que envolve o dia a dia.

Óbvio que nem sempre é assim e nem todos os clientes ou colaboradores desejam isso para si, mas no geral o envolvimento ultrapassa os limites profissionais.

O colaborador tornou-se insubstituível, perpetuou na empresa?

Como avaliar se ele está motivado para fazer tudo que fazia para o cliente como há um ano, ou dez ou vinte anos atrás?

Será que nesse tempo todo, a relação não se desgastou?

E quem chegou “outro dia”, vai ter que esperar o outro aposentar para ter uma oportunidade?

Que o longo tempo de convívio com o cliente ajuda a fidelizar, não há duvida.

Então como avaliar isso tudo?

Esse é o grande desafio dos gestores atuais, em descobrir o grau de importância, motivação e envolvimento de cada um em prol de resultados positivos para a empresa.

Como gestor, você não pode eternizar um colaborador numa função para o resto da vida, pois ele esta dando o melhor de si e trazendo bons resultados, exatamente para crescer na empresa, assim como aqueles que chegaram “ontem” almejam crescer e estão limitados por quem se acomodou e esta ocupando espaço.

Não seria o PDV (Pedido de Demissão Voluntário) uma boa forma de avaliarmos o grau de motivação de cada um?

E de brinde ele ainda faria a compensação da falta de visão e decisão de um possível gestor também acomodado ou mal preparado.

É claro que o ideal seria ter somente gestores com visões estratégicas diferenciais e não precisar de um PDV para ajustar a equipe.

Mas não é tão simples assim!

Um incentivo ao desligamento (PDV) da empresa poderia colocar os pingos nos “is’, e acredito que surpreenderia até o mais alto escalão por nunca imaginar que “esse” ou “aquele” colaborador se desligaria.

A grande vantagem é que os desligamentos passam a ser harmoniosos, cada um buscando seu interesse próprio independente do seu histórico na empresa ou cargo hierárquico.

É uma oportunidade para buscar novos rumos profissionais ou pessoais.

Digamos que o PDV é um facilitador para quem cansou da empresa, do cliente, dos amigos de trabalho, do chefe, de esperar a promoção, de esperar a mudança de função, de uma oportunidade e justiça.

Fazendo uma analogia, o PDV é como o balanço da carroça que ao se movimentar vai ajeitando a carga, colocando todas as abóboras no seu devido lugar.

A grande dúvida é:

- qual é o tempo para uma empresa promover um PDV?

A carroça está parada, precisa se movimentar para a carga se ajeitar!

Essa é a pérola do dia
Pense nisso!

3 comentários:

  1. Colunistas que se cuidem, o carinha aqui tá arrebentando. Parabéns mais uma vez.

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  2. Parabéns Alcir... ótimo texto!
    Pena que temos empresas que ainda não botaram a carroça na estrada para balançar...
    Abraço
    Ruy

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  3. Realmente tem muitas empresas que estacionaram as carroças e assim acabam por engessarem seus funcionáros. Matéria muito oportuna. Parabéns!

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