domingo, 27 de fevereiro de 2011

DA SUA VIDA OS OUTROS CUIDAM


Um dos maiores problemas do mundo é o de cada um cuidar da sua própria vida sem intrometer-se na vida alheia.
Já dizia o ditado: - mentes pequenas falam de pessoas!
Enquanto cogitam sobre responsabilidades que competem aos outros, deixam de ser vigilantes com as próprias, que esquecidas, terão como conseqüência o fracasso.
A curiosidade sobre a vida alheia é muito grande, tanto que nas redes sociais alguns atingem marcas superiores a um milhão de seguidores, digo, de curiosos.
Não precisa ser famoso, normalmente as observações são incessantes e às vezes até acaloradas para desvendar os mistérios que lhe cercam no trabalho, na vida pessoal e social.
Suas preferências no esporte, músicas e livros, comidas e bebidas, onde mora e o carro que tem, onde trabalha e o quanto ganha, enfim toda sua privacidade é motivo da curiosidade alheia.
Obvio que “só os outros” tem esse tipo de comportamento, pois você não está interessado(a) e nem fica falando da vida alheia.
Ou fica?
Não perca seu tempo, aproveite sua vida e deixe a dos outros.
Lembre-se:
- Cuida da sua saúde, porque da sua vida os outros cuidam.

Essa é a pérola do dia
Pense nisso!
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

GENTE DE FÉ


Todos caminhavam em procissão...
Participavam homens, mulheres e crianças, patrões e empregados, fazendeiros e sitiantes, havia gente de todas as propriedades rurais da região e enquanto caminhavam, cantavam e rezavam o terço.
O sol das três horas da tarde era escaldante e a terra vermelha que levantava do chão empoeirava tanto os calçados quanto os pés descalços bem como grudava nas roupas daqueles corpos suados.
Há muito tempo não chovia e a paisagem que se via era de vegetação seca, gado magro, árvores desfolhadas, plantações murchas e atacadas por pragas devido abandono das roças.
A caminhada era de aproximadamente cinco quilômetros e o destino era a Igreja da Aparecidinha na Babilônia, um pequeno patrimônio daquela região, o padre seguia à frente da procissão junto com algumas beatas e um camarada conduzia a carro de bois todo enfeitado e, em destaque a linda imagem de Nossa Senhora.
Cantavam, rezavam e pediam sua intercessão junto a Jesus para que a chuva caísse.
Final de tarde a procissão chega a Aparecidinha e se junta a outras procissões que partiram de outras bandas.
Todos se apertavam dentro da majestosa igreja e muitos fiéis ficaram do lado de fora, mas acompanhavam as orações pelo som externo.
Clamavam pela misericórdia e bondade de Deus, e continuavam a cantar e orar.
A missa encerrou, o tempo fechou, o dia se fez noite e o barulho de trovoada anunciava a chegada da tão abençoada chuva.
As preces foram atendidas, ela chegou e caiu em forma de cascata transformando em lama a terra fofa do chão.
As crianças se divertiam, correndo descalças na lama e pulando a enxurrada enquanto os adultos se protegiam.
Comentou o Padre com um ministro:
- Realmente são “Gente de Fé”, tinham certeza da chuva, pois até os guarda-chuvas trouxeram.


Essa é a pérola do dia
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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

ROTULAGEM

A sociedade estabelece algumas características físicas e comportamentais aos indivíduos como sendo o padrão de aceitação ou rejeição e dessa forma os divide em grupos.
Beleza, corpo atlético e cor da pele são algumas dessas características que de forma instintiva, definem se ele fará parte do grupo dos aceitos ou rejeitados.
Seguindo esses padrões é que o indivíduo vai formando sua auto-imagem, bem como a imagem para a sociedade e essa o acompanhará por toda vida.
Isso pode ter um preço muito caro, pois se os seus padrões não são os “ideais”, ele passa a ser rotulado e, essas rotulagens podem inibir relacionamentos e atrapalhar o crescimento profissional.
Alguns exemplos nos mostram os quantos às pessoas rotulam determinados grupos:
- Os jovens carregam o rótulo de “irresponsáveis”, os intelectuais o estereótipo de “Nerd” e os bem humorados a conotação negativa de “falta de seriedade e incompetência”.
E especificamente nesse caso, quem foi que disse que “cara amarrada e carrancuda” são sinais de competência?
Mesmo que não tenham dito, a sociedade faz essa associação e acaba valorizando esse perfil carrancudo em detrimento do outro.
Um indivíduo bem humorado, normalmente é desinibido, descontraído, irônico, brincalhão, divertido e alegre, mas normalmente carrega esse rótulo.
Isso pode não ser regra geral, mas ocorre em abundância!
É importante lembrar que a vida é feita de fases, que vão mudando com o passar do tempo, e aquele que excedia em brincadeiras pode ter mudado.
Portanto a sociedade tem a obrigação de atualizar o “cadastro” do indivíduo, caso contrário pode estar condenando um excelente profissional ou um ótimo partido.
Abra os olhos, atualize o “cadastro” do indivíduo e não rotule.


Essa é a pérola do dia
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A ÚNICA CERTEZA

Estão todos reunidos...
Talvez seja essa a ocasião em que você perceberá sua real importância para as pessoas, e se surpreenderá com elogios de quem jamais esperava ouvir.
Seu comportamento e atitudes serão enaltecidos e discursos serão feitos a seu respeito como exemplo a ser seguido.
Mesmo que não tenhas clamado por esse momento, no fundo ele já era esperado e seu sentimento é de paz e dever cumprido, afinal você combateu o bom combate.
É merecedor dos aplausos que lhe são oferecidos, mas com certeza existem segundas intenções nesse meio, pois esperam o mesmo quando forem eles a bola da vez.
Assim como as crianças ficam ansiosas e temerosas ao enfrentar o escuro, a sua ansiedade e temor naturalmente se acabaram.
O fraco a teme, o desgraçado a chama, o valente a procura, mas no fundo todos a esperam.
Sua chegada não é esperada com o som das trombetas ou estalos de rojões, nem se sabe quando ou onde será só se espera que ela demore bastante.
Mas ninguém pode fugir, pois o fim é o desfecho do início e você só levará o que foi e não o que possuía.
Essa é a única certeza!
Chegou a sua vez, todos estão reunidos por sua causa.
Segura nas mãos de Deus e vai!


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domingo, 13 de fevereiro de 2011

AS LAMENTAÇÕES ESPANTAM A BOA SORTE

Passar o dia cercando-se de lamentações é característica comum de muitas pessoas, pois vivem com o foco no negativo.
Basta desejar um simples “bom dia” para receber a resposta mal humorada:
- Só se for pra você!
Se insistir em uma segunda abordagem:
- Está tudo bem?
A resposta está pronta:
- Mais ou menos!
Percebe-se que a pessoa já acorda azeda e de mal com a vida, pois não consegue enxergar nada de bom ao seu redor.
Trás consigo as queixas e o sentimento de pessimismo.
Acostumou-se a lamentar!
Entretanto, lamentar não é atitude saudável, deteriora os conteúdos bons, perturba a mente, causa aflição e tem sabor de sofrimento.
Assim disse o poeta:
“Minha vida é sem cor,
de má Sorte a dor,
que vil me assaltou,
e a tristeza originou”
As lamentações espantam a boa sorte, portanto é necessário espantá-las, e assim perceber o verdadeiro sentido da vida nas coisas mais simples que passam diariamente despercebidas.
Como o por do sol, o perfume das flores, o cantar dos pássaros, o abraço fraterno e a doçura do mel.
Espante as lamentações, aproveite a vida e boa sorte!

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

MELHOR AMIGO

Anoiteceu...
Novamente sob a ampla marquise da loja comercial de pneus, sua preferida pela proteção oferecida nos dias chuvosos, senta-se e retira de dentro de um saco, um cobertor “corta febre”.
Com ele e a garrafa de cachaça que está pela metade é que irá se aquecer.
Esse é o pior momento do dia, o silencio e a solidão da noite acompanhado do medo de uma possível agressão e hostilidade humana que reunidos em uma sociedade já se deram o direito de julgar e condenar moradores de rua como ele.
Em sua companhia, apenas a presença de Deus e seu cachorro vira-lata que está de volta, após uma jornada diária fuçando as latas de lixo para saciar sua fome.
Seu dia não foi diferente do amigo leal, também lutou intensamente abordando os veículos que paravam no semáforo, mendigando em prol de sua alimentação. Obviamente que o objetivo principal era garantir primeiramente a garrafa de cachaça.
É nela que encontra diariamente forças para amenizar suas dores, não as do corpo, mas sim a do abandono e do desprezo.
A imagem deprimente de um homem sem vaidades, com barba e cabelos por cortar, exalando forte cheiro de álcool, suor e urina já impregnados nas roupas sujas, favorecem o sentimento de piedade e facilitam a conquista das moedinhas.
Ninguém imagina que por trás daquele homem um dia existiu uma criança, que brincou, jogou futebol, foi à escola, teve amigos e sonhou.
Sonhou quando criança, trabalhou e constituiu família quando jovem e perdeu tudo quando adulto. Infelicidades, más companhias e falta de estrutura emocional mataram seus sonhos, e o levaram para bebida, o vício e as ruas.
Abandonado e desprezado pela família e ainda condenado pela sociedade transformou-se nesse tipo de ser humano.
Apenas mais um no meio de tantos outros.
Olha para a garrafa e percebe que só resta o último gole, apesar de estar sentado seu tronco balança de um lado para o outro demonstrando total embriaguez.
Desabafa com seu vira-lata, faz xingamentos pelo último gole da garrafa, pois sabe que amanhã terá que batalhar novamente por outra.
Deita-se e fica se perguntando: - quando será que uma mão se estenderá para tirá-lo dessa situação.
Sabe perfeitamente que ela não virá dos homens e cai num sono profundo.
Amanheceu...
O sol está brilhando e o barulho dos carros, motos e ônibus acelerando no semáforo acordou o vira-lata.
Seu amigo já se foi..
Ele no entanto, melhor amigo do homem, não sai do lado daquele corpo sem vida.
Finalmente, a mão tão esperada foi estendida para ele.


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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

TUDO POR AMOR

Desde criança somos encaminhados e orientados a ingressar no processo escolar passando por alfabetização para que um dia possamos “ser alguém na vida”.
Essa é a frase preferida pelos pais para alertar quanto à necessidade de estudar.
E assim seguimos toda maratona escolar desde o primeiro grau até a conclusão do curso superior.
Esse ciclo completo nos deixará aptos para o mercado de trabalho somente quando tivermos em torno de 23 a 25 anos de idade dependendo dos tropeços e do curso escolhido.
Todo jovem estudante tem sonhos e esperanças de um dia encontrar um emprego que venha compensar todo sacrifício e projetá-lo para uma vida melhor e de realizações.
O que leva então um profissional que sempre se esforçou para conseguir tudo e após tanto tempo de luta e da sonhada conclusão do curso simplesmente abdicar disso e não trabalhar na profissão escolhida?
Seria em função da família, marido, esposa, filhos ou permanência na mesma cidade?
Talvez seja em função de tudo isso e muito mais!
Na verdade existem pessoas determinadas e corajosas que acabam abrindo mão dos próprios sonhos em prol dos outros, deixando de lado todo seu sacrifício.
A realização profissional do outro, acaba sendo a compensação encontrada para a felicidade própria.
Tudo por amor!
Uma atitude digna de respeito e admiração.
Você abriria mão dos seus sonhos em prol dos outros?

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domingo, 6 de fevereiro de 2011

SÓ LEMBRANÇAS, NADA MAIS

 Era manhã de domingo, e da janela da cozinha ao lado do fogão a lenha, o garoto observava a chuva intensa que caia lá fora acompanhada de rajadas de vento que balançavam fortemente as mangueiras e derrubavam seus frutos.
O cheiro de café coado e dos bolinhos de chuva fritos na hora aguçavam sua fome e a vontade de saboreá-los.
A responsabilidade de recolher as mangas que haviam caído com o temporal era sua, e ao sair do aconchego da casa apenas com uma blusinha e calção surrado percebeu que o frio era intenso, apesar da chuva ter cessado.
Descalço, caminhou até as mangueiras, sentia a terra lamacenta entrar no meio dos dedos e embarrear seus pés, que de certa forma ficavam protegidos do frio, incompreensível para aquela época do ano, afinal era verão.
Recolheu de três a quatro baldes de mangas fresquinhas e de ótima qualidade, cheirando uma a uma e sentido o aroma característico de cada variedade; Rosa, Espada, Coquinho e Bourbon.
Adorava o cheiro das mangas, principalmente a Bourbon, que misturados ao cheiro da relva molhada formavam um aroma único, um perfume inesquecível.
Era manhã de domingo, e da janela da cozinha do apartamento observava a chuva intensa que caia lá fora, porém a imagem não era de mangueiras balançando, mas sim de arranha céus da grande metrópole.
No apartamento, todos estavam dormindo, e não haviam aroma de café coado na hora, nem bolinhos de chuva fritos.
Vestido adequadamente para aquele clima e temperatura acessou a rua através da portaria do prédio, a chuva cessara, mas o frio era intenso como de outros tempos. Agora compreensível, afinal fora noticiado na TV a chegada de uma frente fria.
Caminhou até a feira, sua responsabilidade já estabelecida, e foi direto para a banca das mangas.
A qualidade e o frescor das mangas Espada e Rosa não eram o mesmo de outros tempos, Coquinho não havia, e as variedades atuais nada lembravam o perfume inesquecível da Bourbon.
Como de costume, cheirou uma a uma, mas faltava o aroma característico e inesquecível da Bourbon misturado ao da relva molhada. No ar estava impregnado um cheiro de fritura de pastel, poluição e fumaça dos carros.
Os pés agora bem calçados e protegidos já não sentiam a terra lamacenta entremear os dedos e embarreá-los, os tempos são outros.
- Daquela época só lembranças, nada mais.

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sábado, 5 de fevereiro de 2011

VIDA

NADA PRECISA SER DITO


A IMAGEM FALA POR SI.

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

HÁ UM BARCO ESQUECIDO NA PRAIA

Foram Pedro e André e na seqüência Tiago e João que o deixaram (Mt 4: 18-22) e ninguém saiu para pescar.
Optaram por seguir a Jesus e com ele aprender novos ensinamentos para tornarem-se pescadores de homens.
Nos dias de hoje, se ELE novamente aparecesse e convidasse você para também deixar seu barco encostado na praia e segui-lo, você faria?
Deixaria família, trabalho, bens materiais e todo conforto para segui-lo?
Talvez sua saída fosse dizer que não tem certeza se realmente é ELE e não deixaria tudo simplesmente para seguir um lunático fazendo-se passar por Jesus.
Mas suponhamos que os sinais sejam claros e evidentes e você tenha absoluta certeza, teria essa coragem?
Muitas dúvidas pairam no ar, pois sempre temos em mente que ELE venha para o tudo ou nada, separando o joio do trigo e não sobre opção para escolhermos.
Segui-lo ou não, já não seria mais uma opção nossa e sim dele, mas suponhamos que sua intenção seja de conviver conosco na terra.
Como seria esse convívio?
Deixaríamos tudo de fato ou optaríamos por segui-lo através de uma rede social como Orkut, twitter ou face book?
Ora, os tempos são outros, e existiria essa opção tecnológica, mas o aprendizado seria o mesmo?
E o princípio de julgar o próximo mudou?
Não, continua o mesmo!
Portanto, será que não o mandaríamos novamente para a cruz?


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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A DOR É INEVITÁVEL

Partindo do princípio que a morte é uma certeza absoluta, a dor realmente é inevitável.
Se a vida seguir o caminho normal, num determinado momento os pais partirão e nossos filhos também nos verão partir seguindo a mesma seqüência.
Entretanto quando ocorre a inversão dessa seqüência, a dor torna-se ainda maior e mais incompreensível.
Não é só a morte a causadora de dor, mas algumas “ações” podem ter efeitos traumáticos, trazendo magoas e deixando seqüelas que nos acompanharão para o resto da vida, principalmente se elas forem provocadas por pessoas próximas e que amamos muito.
Seu sabor é amargo como ingerir um gole de água onde foi diluído um punhado de sal no copo.
“Cada idade tem sua alegria e sua dor”!
Entretanto, para minimizar essa dor é preciso cercar-se de muita alegria, é como diluir o mesmo punhado de sal num lago e não num copo d'água onde seu sabor amargo simplesmente desaparecerá quando um gole for ingerido.
Você sabe que o sal está lá, mas seu efeito foi anulado ou minimizado ao ponto de ser imperceptível, tamanho é o volume de água.
Essa é a lição da vida para minimizar a dor.
Dilua o amargor causado pelo sal num lago! Cerque-se de alegrias e alimente constantemente sua mente e seu coração somente de coisas positivas.
A dor realmente é inevitável, mas poderá ser minimizada.


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